quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

[COACHING] Educação Financeira para Casais com Seiiti Arata Jr. e Gustavo Cerbasi–Parte II/III

Casais Inteligentes (ver Parte I)



As escolhas de como levar um relacionamento, equilibrando realização pessoal e o desfrute da vida junto a um cônjuge, vai depender muito da cultura do casal; em geral, quanto mais um casal conhece de finanças mais conversas sobre dinheiro ocorrerão, envolvendo gastos e investimentos, resultando em melhor planejamento. De qualquer forma, embora possamos ter um planejamento financeiro, podemos e devemos ter, além do Fundo de Emergência ou de Fundo de Reserva e Investimento, um Plano B, que envolve o Empreendedorismo (Portal_do_Empreendedor.gov) – isso porque nosso plano de enriquecimento pode ser interrompido, por falhas, por interesse de terceiros etc. Pessoalmente, recomendo que este plano B seja uma fonte de Renda Extra engatilhado, isto é, que pode virar fonte de renda, empresa e até mesmo corporação.

Agora, importante é saber, que Inteligente, de Inteligência Financeira, não significa ser nerd, ou seja, você não precisa ter sido um excelente aluno para se enquadrar dentro dos casais inteligentes, isso tem mais a ver com saber viver e auto-conhecimento, embora, seja necessário que tenhamos conhecimento qualificado – estudo. Também, significa a inteligência do casal enquanto pessoas, em que um se importa com o outro, conhecendo seus gostos, necessidades, limitações, qualidades de modo que se possa dar a devida atenção em cada aspecto do relacionamento; que podemos resumir na pergunta: Você está feliz? A partir disso, o marido, a esposa e o filho devem ser contemplados.

Casal inteligente é aquele capaz de desfrutar a vida, não colocando em primeiro lugar a aquisição de uma casa luxuosa, um carro de elite etc., mas sim as pessoas envolvidas no relacionamento, sabendo reduzir o estilo de vida para obter segurança financeira, aplicando algum dinheiro em poupança, por exemplo, não abrindo mão daquelas pequenas realizações momentâneas, em que o dinheiro não é investido em posses mas em momentos com o casal, com os filhos, com a família… que significa não se esquecer de desfrutar a vida e comemorar as conquistas pessoais e financeiras. Para isso é recomendável investir em conhecimento sobre Educação Financeira.

Divórcio e Regime de Separação de Bens

O que devemos considerar para saber como trabalhar o regime de separação de bens, para proteção de rendimentos, é o modelo de vida atual e suas consequências. Cerbasi comenta que antigamente os casais de namorados tinham muito tempo para se conhecer, bem com as respectivas famílias. Assim, um casamento era feito com uma pessoa que se conhecia de modo mais íntimo. Atualmente, o modelo de vida “sonho americano” torna o namoro quase um romance de hollywood, onde somente aquela parte boa de jantar, viagens etc., é contemplada e a intimidade (realizações pessoais) de cada acaba ficando em segundo plano. Em outras palavras, as pessoas não ficam o tempo suficiente, nem têm momentos adequados para se conhecerem intimamente, assim, 40% dos casamentos acabam dentro de 5 anos (porque não há compatibilidade na esfera íntima ou pessoal, apenas na social ou impessoal).

Neste caso, o que se recomenda para a maioria dos casos é a divisão de bens somente das aquisições após o casamento, isto é, do casal – que não inclui herança de família, por exemplo. Por outro lado, quando o casamento já está muito bem consolidado e os relacionamentos entres os familiares muito claro, o casal pode migrar para o regime universal de bens, em que metade de todos os bens de uma pessoa fica como patrimônio, para o outro [no caso de morte]. O regime de separação total de bens é indicado somente para casais que possuem um certo tipo de relacionamento transparente, onde o dinheiro é tratado de uma forma a parte ou diferente da vida íntima do casal, como água e óleo; que requer certo grau e tipo de maturidade, que envolve auto-conhecimento.

0 comentários:

Postar um comentário